segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Números para chorar no cantinho do consultório.

Diante da discussão do momento, que é a criação de mais uma faculdade de medicina no nosso estado e a extensão do campus da UFS para Lagarto com mais 100 vagas, gostaria de enriquecer nossos colegas com mais algumas informações.
No Brasil existem 178 faculdades de medicina. Na nossa região, abrangendo Sergipe, Bahia e Alagoas, possuimos hoje 833 vagas de medicina. Com a UNIT serão mais 50 no primeiro momento (100 ao todo) e mais 100 com o campus de Lagarto. Façam as contas.

Oh Deus, onde estás que não respondes?

Estudo Comparativo
Estado
Total de Escolas
Vagas 1º ano
São Paulo
31
2902
Minas Gerais
27
2778
Rio de Janeiro
18
2332
Rio Grande do Sul
11
1052
Paraná
10
853
Santa Catarina
10
584
Ceará
7
642
Bahia
7
603
Paraíba
6
620
Espírito Santo
5
500
Distrito Federal
4
312
Pará
4
390
Pernambuco
4
490
Piauí
4
302
Rondônia
4
290
Tocantins
4
400
Amazonas
3
342
Mato Grosso do Sul
3
190
Rio Grande do Norte
3
236
Maranhão
3
250
Goiás
3
270
Alagoas
2
130
Mato Grosso
2
208
Sergipe
1
100
Roraima
1
20
Acre
1
40
Total Geral
178
16836



Censo IBGE 2007

Origem dos dados: http://www.escolasmedicas.com.br

Rilton Morais

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tudo tem um começo. Fiat Lux.




"No princípio criou Deus os céus e a terra.

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas."


Começamos aqui a tentativa de modificar a atual condição da medicina e do exercício desta no nosso estado de Sergipe.
Todos os médicos, estudantes de medicina e aqueles que queiram construir uma nova forma de fazer medicina estão convidados a participar.
O surgimento deste movimento tem uma razão e uma função.
A razão da sua criação está baseada no completo apodrecimento de antigas associações e sociedades médicas voluntárias e na apatia, anulação intencional e distanciamento das entidades compulsórias.
A função da sua criação é mostrar a voz da classe médica que está insatisfeita com as condições de trabalho, a desvalorização do profissional e do desrespeito ao médico.
Pretendemos fazer valer as vontades da maioria. Cansamos de reclamar somente. Não queremos aumentar as hostes dos desistentes. Vamos mudar.

Mudar como? Existe luz no fim do túnel?

No nosso dia-a-dia travamos batalhas sabidamete difíceis de vencer, mas lá estamos. Encarando de frente o inimigo (doença), não deixando baixar o ânimo das tropas (paciente) e encontrando novas estratégias de invasão e ataque (diagnóstico e terapêutica).

Somos ferozes para enfrentar o problema dos outros, mas temos sido dóceis quando o problema é conosco. Agora a doença está destruindo a nossa classe. É a infecção que devora nossa estabilidade econômica, é a depressão que nos impede de desfrutar a plenitude das nossas vidas e das nossas famílias, é a catatonia que não nos deixa reagir. É o câncer, que gerado a partir de células do nosso próprio corpo médico, destrói, corrompe e imobiliza as entidades que deveriam nos representar.

Mas, assim como o enfartado que finalmente reconhece que sua obesidade, fumo, álcool e sedentarismo precisam ser enfrentados de frente; estamos hoje diante de problemas que se não forem atacados agora trarão nossa morte no futuro ou debilitação em breve.

As desculpas para nós mesmos de que a falta de tempo, de vontade, de ânimo e de esperança são suficientes para impedir nossa reação, não cabem mais. Algo precisa ser feito. Precisa começar em algum lugar e de alguma forma. Esse é o momento. Vamos nos unir.

Em breve traremos medidas e ações reais a serem tomadas.

Utilizaremos nosso método clínico de pensamento para diagnosticar os problemas e utilizaremos, todos juntos, nosso planejamento terapêutico para encontrar as soluções.

Nos próximos capítulos: quem é quem na representatividade médica de Sergipe? A morfologia da classe médica.

Dê sua opinião!

Divulgue nosso movimento.